O brilho divino do corpo humano

Pesquisas recentes mostram que o corpo humano emite uma luz ultrafraca, tão sutil que é mil vezes mais fraca do que a percepção do olho humano. O estudo de Masaki Kobayashi e colaboradores, publicado no PLoS ONE, utilizou câmeras CCD de alta sensibilidade para capturar essa emissão de fótons, revelando que o corpo não apenas brilha, mas segue um ritmo circadiano: a luz é mais intensa no final da tarde e diminui durante a madrugada. O rosto, especialmente as bochechas e a região ao redor da boca, é a área de maior intensidade, enquanto o tronco e outras regiões apresentam emissão mais baixa. Esse padrão não se correlaciona com a temperatura corporal, mas sim com processos metabólicos, incluindo a produção de radicais livres e reações bioquímicas que geram moléculas excitadas capazes de emitir luz. Além disso, a emissão de fótons apresenta correlação inversa com o cortisol, hormônio ligado ao estresse, sugerindo que essa luminescência é influenciada pelo estado fisiológico do organismo e pelo relógio biológico interno.

Resumo do artigo: “O corpo humano literalmente brilha. A intensidade da luz emitida pelo corpo é 1.000 vezes menor do que a sensibilidade a olho nu. A emissão de fótons ultrafraca é conhecida como a energia liberada como luz através das alterações no metabolismo energético. Obtivemos com sucesso imagens da variação diurna dessa emissão de fótons ultrafraca com um sistema de imagem altamente sensível aprimorado, utilizando uma câmera criogênica com dispositivo de carga acoplada (CCD). Descobrimos que o corpo humano emite luz direta e ritmicamente. As variações diurnas na emissão de fótons podem estar relacionadas a alterações no metabolismo energético.”

O artigo diz mais: “Essa emissão de biofótons é categorizada em diferentes fenômenos de emissão de luz da bioluminescência e acredita-se que seja um subproduto de reações bioquímicas nas quais moléculas excitadas são produzidas a partir de processos bioenergéticos que envolvem espécies ativas de oxigênio.”

A emissão de biofótons está ligada a processos metabólicos, especialmente às reações oxidativas normais da respiração celular. Quanto maior a taxa metabólica (ex.: em pessoas mais ativas ou em tecidos em maior atividade), maior a chance de gerar estados excitados de moléculas que liberam fótons.

Para a perspectiva criacionista, essa descoberta é fascinante. Ela evidencia que o corpo humano não é apenas uma estrutura física complexa, mas uma obra de design divino, cuidadosamente planejada para funcionar em harmonia com ritmos naturais e processos bioquímicos finamente ajustados. Cada célula, cada molécula envolvida na emissão de luz – desde lipídios e proteínas excitadas até fluoróforos na pele – demonstra ordem e propósito. Mais do que um fenômeno físico, o brilho humano pode ser interpretado como um reflexo da vida que Deus colocou em cada ser humano, lembrando que nosso corpo não é apenas matéria, mas um templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19, 20).

Manter a saúde, respeitar os ritmos naturais, dormir adequadamente e nutrir-se de forma equilibrada não é apenas autocuidado: é reconhecer a dignidade da criação divina, honrar o presente da vida e viver em consonância com o Criador, cujo cuidado e sabedoria estão refletidos em cada detalhe de nosso organismo. Esse estudo nos convida a contemplar a ciência não como oposição à fé, mas como uma lente para perceber a complexidade e a beleza do design divino que existe em nós. [MB]

Nota: A Bíblia sugere que o ser humano já refletiu a luz divina de forma especial: segundo Ellen White, Adão e Eva, antes da queda, eram revestidos de uma glória luminosa que se perdeu com o pecado (quando então se deram conta de estar nus); Moisés desceu do Sinai com o rosto resplandecente após falar com Deus (Êx 34:29); Estêvão, cheio do Espírito Santo, teve o rosto brilhando como de anjo (At 6:15); e há a promessa de que os justos resplandecerão como o sol no Reino de Deus (Mt 13:43; Dn 12:3). Esses textos indicam que fomos criados para irradiar a presença do Criador e que, um dia, essa luz será plenamente restaurada em nós por Cristo.

Patriarcas e Profetas, capítulo 2 (A criação): “O homem e a mulher não tinham vestes artificiais; estavam vestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como os anjos.” História da Redenção, p. 21 (edição em português): “Eles não tinham roupas de seda ou de ouro; estavam vestidos com uma túnica de luz e glória, semelhante à que cobria os anjos.” Signs of the Times, 9 de janeiro de 1879 (em inglês): “Our first parents were not left naked and ashamed. They were clothed with a covering of light and glory, such as the angels wear.”

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